O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) confirmou que mais entre 30 e 50 ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) devem ser enviadas para a caatinga brasileira ainda neste ano.
Os animais, que estavam sendo conservados na Alemanha, devem ser enviados para seu habitat original conforme o Plano de Ação Nacional da Ararinha-Azul.
A espécie havia sido declarada extinta na natureza há mais de 20 anos. Desde 2020, contudo, os pesquisadores e agentes públicos têm trabalhado para a reinserção deste animal na natureza. Em 2020, cerca de 50 ararinhas foram trazidas para o Brasil.
Cerca de 10 delas são reinseridas anualmente na natureza, a fim de readaptar a espécie ao ambiente selvagem. Algumas ainda serão mantidas em cativeiro para garantir que,, mesmo em caso de problema para readaptação, a espécie ainda seja conservada no nosso país.
A principal fonte para a chegada das ararinhas é a o Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), sediada na Alemanha. A ideia é que nos próximos anos, novas araras nascidas no Brasil já possam ser reintroduzidas na natureza também.
“Caso não seja possível trazer as aves em janeiro, a gente vai verificar se consegue, com os animais que nasceram aqui no Brasil, fazer uma soltura, porque uma coisa importante é o número de aves. Quanto maior o número no grupo, maiores são as chances de sucesso. Não adianta soltar uma ou duas, ou três ou quatro. Além de ter todo um critério, que leva em consideração a genética e a saúde, o número de animais também é fator importante”, explicou Camile Lugarini, coordenadora executiva do Plano de Ação Nacional (PAN) da Ararinha-Azul, em entrevista ao Ciclo Vivo.